Quando vi o famigerado vídeo do discurso da secretária-geral da União Internacional de Jovens Socialistas, questionei-me sobre como teria um espírito tão espevitado chegado a um lugar tão cimeiro da organização. Todos sabemos que, com a crescente profissionalização da política, particularmente em estruturas burocratizadas como estas, os mais críticos nunca ou raramente chegam a posições de chefia. Pelos vistos, um antigo camarada de Beatriz Talegón já deu uma esclarecedora chave para a interpretação do seu inflamado discurso:
Das duas, uma. Ou a apparatchik Beatriz fez uma auto-crítica levada da breca ou a afogueada arenga de Cascais não passa de uma elaborada trapaça para lavar a cara do PSOE e restantes partidos “socialistas” irmãos.