O governo cairá em breve. É a crónica de uma morte anunciada.
Nos próximos dias muita gente irá comentar e argumentar sobre o que fazer a seguir.
O único desejo que tenho é que o poder não caia no colo de António José Seguro.
Precisamos de uma inversão total nas políticas. A receita deste governo só afundou ainda mais Portugal: aumentou a dívida, afundou a recessão, fez disparar o desemprego e a falência de empresas. Mas, pior do que tudo foi roubar-nos a confiança e a esperança num futuro melhor.
Em democracia as soluções encontram-se em eleições. Precisamos mais do que nunca de uma união à esquerda, uma esquerda que rejeite a austeridade e relance o investimento para gerar emprego e crescimento. Quanto aos credores externos, não temos outra solução senão dar um murro na mesa e dizer que já chega de sangrar a economia para pagar juros. A auditoria à dívida pública tem de avançar o quanto antes! Só com uma auditoria séria e transparente é que podemos ter um total conhecimento sobre a composição da dívida Certamente que mais negócios como os SWAP estão camuflados na dívida pública. Toda a dívida ilegítima deve ser anulada de imediato.
De seguida, a renegociação é incontornável. Ao longo deste percurso muitos acenarão com a saída do euro e, provavelmente, numa situação limite em que ambas as partes não cheguem a acordo, não teremos outra solução a não ser abandonar o Euro.
Não será um caminho fácil, mas a única certeza que temos é que o caminho que seguimos até hoje foi um falhanço total.
Chegou a hora de discutir, mas também de agregar forças contra a austeridade. Estou convencido que só é possível inverter o estado das coisas se realmente os partidos de esquerda forem capazes de agregar forças em torno de uma agenda com estes três pontos:
– Contra a austeridade;
– Em defesa do Estado Social;
– Pelo emprego e crescimento.